quarta-feira, 3 de abril de 2013

Particularidades

Se um dia me perguntassem a respeito de minha ideia formada em relação ao Rio de Janeiro, eu diria a verdade: é um estado muitíssimo chato, que retém apenas algumas distrações, salvas estas pelos cantos e recantos de Jobim, Moares e Abreu. Por ora, não menos importantes que outros(as), aos quais devo deixar minha saudação evidente.
         O calor por aqui é elevado e muito desassociado às noções de pertinência e prudência. O sotaque é forçado, e a casualidade de sua "beleza" natural torna-se quase uma compulsão aos que aqui repousam seus olhos.
         As curvas pretas e brancas já me cansam a vista. E não existe garota que ande por aqui com lindeza ou graça:  isso são melodias.
        O quintal mineiro retém mais umidade, mais certezas na vegetação. Há por lá uma brisa fresca que canta nos ouvidos e faz com que os sonhos mantenham-se calmos. Naquelas terras encontram-se maravilhas, gostosuras, luxúrias dignas, histórias... e um fervilhão de bocas abertas que recitam poesias e gritam sonetos. A grama é bem cortada para que o orvalho sinta-se à vontade; e assim, as plantas crescem com mais felicidade, entusiasmadas.
        Ah! Como é belo o cerrado mineiro! Tem parentescos com o minério de ferro e com as estivas de ouro árduo que escorrem pelos rios, onde outrora jorrara sangue da inconfidência
         Me parece que, por lá, as letras se encaixam melhor nos textos; o bolo fica mais saboroso no forno e os refrescos, mais gelados. Não digo isso por simples amor ao (meu) estado. De fato, Minas Gerais tem estas particulardades - verdadeiras paletas de um conto sem fim.

R.VillasBoas

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