sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A torre cinzenta

Somente o que fiquei sabendo é que iriam tirar uma por uma, todas as crianças. Dona Consuelo jamais deixaria que orfãos ainda permanecessem por ali - não por querer livrar-se, mas por querer o bem.
       Toda semana saía dali um jovenzinho, sabendo que nunca, outra vez, teria de comer a sopa rala de batata e grãos que serviam naquela torre cinzenta da ala norte do orfanato, onde já haviam morrido cerca de sessenta crianças em um incêndio curioso e esquecido. Não mais.

R.VillasBoas

Nenhum comentário:

Postar um comentário